De nada serve
A menina das fitas já não mais se ocultava
Quem acreditaria agora em sua mentira?
Era réu de seu próprio lamento
Bem sabia que chegaria esse momento
DE
rimar o acaso
rimar o já esperado
rimar o que antes já fora anotado
E agora ela se perguntava
De que vale a vida sem a máscara que lhe assegurava
Um lugar seguro onde ninguém notava
Um canto seu que ninguém entrava
mas assim é
sempre foi
(e que diabos de inferno vai ainda ser)
Abre-se uma vez
E logo os demônios vêm
Instalam-se como ratos de laboratórios
Digerem-se mutualmente
Parasitam a garota
Que mulher não soube ser
Nem ser serve pra ser
Foda-se ela
Foda-se tudo
e mesmo assim
Máscara que não é máscara
De nada serve
Nem pra fuder
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