quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vem aqui um pouco, tenho algo pra te falar...

...as vezes sou acometida por uma dor, uma tristeza, uma coisa estranha aqui dentro, que as vezes parece que vem de fora, ou pra fora quer ir
mas as vezes eu não sou
acontece que quando dói, dói de verdade, e fazia um tempo que não chorava por causa de dor
acho que é porque a gente tem que guardar, esconder...
de quem afinal???
o que afinal?
ah, que se dane os problemas alheios, só eu sei a dor que sinto, que se dane o "existe gente com problemas maiores que o seu"
o problema é meu
a dor é minha
e só eu sei, e não sei, sobre ela.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Saudade Absurda

Eles estavam sentados na beira da praia, o frio lhes cortava o rosto, mas o coração era quente e as batidas de um chamava o nome de outro.
Ele estava branco demais, e os lábios roxos devido ao sorvete de creme, ela conseguira ficar mais branca que ele, os cabelos estavam soltos, rebeldes, devido ao vento frio que insistia em acaricia-los.
E o silencio era constante, e como é linda a voz desse silencio. Eles sabiam que não mais se veriam, não mais daquela forma, eles não tinham tempo pra tudo isso, mas que se dane esse tal de tempo, seja lá ele quem for.
Como que num salto ele disse, ainda olhando para a areia.
- Como é mesmo o nome daquilo que você disse que quase te matou esses dias?
- É saudade.
















Saudade é o desejo de olhar o céu na esperança da pessoa, ainda que em outro céu, também olhe pra você.
Amizade é ter certeza, amar é ter mais que a certeza, de que ela, a pessoa, também lembra de você.
E como é bom saber isso, como é bom...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Minha mente está insana
e mui lúcida
torno-me herege perante vós todos
as palavras vem como vento
depois como chuva
e nunca o solo se seca
Temo perder o momento e tornar alento essa rotineira maneira de ver
de analisar
de viver
morrer
nosso habitat não é mais tão digno
nem o digno é bem visto, coitado...
e nada é mais como havia de ser.
Nada temo, em toda uma verdade.
Pois insisto que há um modo de coexistir
ver-te partir doeria
mas e quando não vais e não ficas
como viverei?
se te espero não vens
se te aparto não vais
Escolhes tu e não eu
Quais de mim queres mais?


Por Maria Luísa

domingo, 1 de maio de 2011

Pseudónimo*

*Estarei apresentando hoje a mais recente obra (poema) de uma pessoa que sempre esteve aqui, escondida, Louíse Coutti, espero que gostem.


Olho no espelho porque não penso
Olho no espelho porque só nisso penso
Olho no espelho desejando nada ver
Olho no espelho desejando ver além do nada
Olho no espelho querendo que ele quebre e nada mais veja
Olho no espelho querendo que ele também me queira
Será que olho para tentar ver o que as pessoas vêem?
ou olho para ter alguém olhando para mim?
O que será que o espelho pensa de mim?
Será pecado desejá-lo assim?
(porque muito ele a mim deseja, e como diferente seria?)
Pobre espelho que tudo vê, e aos limites de seus olhos tem que se calar, ele não tem boca pra falar.
Pobre espelho que tudo vê invertido e a ninguém pode contar
Jaz ao espelho que só vê o que está a sua frente e nada mais
.......................................................................................nem o mais
...................................................................................................só os tais
que sem ele, espelho, não sabem nem a cordocontornodeseurosto.
Pois...
os olhos que neles vejo não são os meus, no fundo no fundo, não os são.
e do que importa? logo os esqueço.

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza
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