sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Flagelo


Eu não aguento mais
Cansei, sim cansei de escrever em terceira pessoa
Perdoai-me ditadura do esconda-se
Não aguento a dissimulada dor
de não saber o que fazer
não aguento mais chorar
sofrer
e não morrer
E por que não morro?
Por que?
O sangue sai
A dor esvai
E a vida, a vida permanece
e a cada luto
uma nova cicatriz
Sacrifiquei o brincar com o mar
o nadar com o ar
pra esconder o que a vida me obrigou a fazer
Cansada de espelhar
o esperado
Cansei de estar cansado
(sou mulher mas me vendo ao machismo para um rimar barato)
Me vendo também a quem quiser comprar
Mas nem me doando sei que vou ter lar
Porque não me aguento mais
Quem me dera cantar "aqui já me jaz"

domingo, 15 de dezembro de 2013

Cícero desafinado na vitrola
(Perdoai-me, foi projeção)
E que hora
pra se ouvir musica assim
a água que vertia de seu corpo lavava o chão
Sujava o pão
Chamado pé
a água que corria do chuveiro
fugia pelo boeiro
se misturava com a dor
o ego
esvaia
ia
ia
ia
Não
ela não podia junto ir
Ela ali ficava, enquanto o resto podia
sair de si
Vida desafinava na "vidrola"
E Cícero, Cícero a acalmava

(o novo álbum de Cícero Rosa Lins é lindo!)

sábado, 7 de dezembro de 2013

(RE)putAÇÃO


Sim eu me importo com o que pensam, isso não faz de mim fraca, nem uma coitada.
Sim eu me importo com o que falam, mas isso não significa que me permito ser manipulada.
Permuto com tempo e o espaço da opinião alheia
Preocupo-me com o instante que me difamam,
Ai nesse monumento
Me transformam em areia
Que esvaísse pelos dedos
Essas bocas suculosas de venenos
Babam, salivam e se engasgam com seu próprio vomito
Mas não morrem
(e é nisso que me revolto)
Resoluta, eu afirmo
Digo digo
nem resigno
Eu me importo com a minha (re) PUTA ação
Porque é na repetição do erro que o erro se torna erro
Mas não significa submissão
a sua reputação barata
imposta
ganhosa
mimosa
frouxa
forgosa
ENGANOSA
Sinto muito, mas eu nem me importo com você

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Máscara que não é máscara

De nada serve
A menina das fitas já não mais se ocultava
Quem acreditaria agora em sua mentira?
Era réu de seu próprio lamento
Bem sabia que chegaria esse momento
DE
rimar o acaso
rimar o já esperado
rimar o que antes já fora anotado
E agora ela se perguntava
De que vale a vida sem a máscara que lhe assegurava
Um lugar seguro onde ninguém notava
Um canto seu que ninguém entrava
mas assim é
sempre foi
(e que diabos de inferno vai ainda ser)
Abre-se uma vez
E logo os demônios vêm
Instalam-se como ratos de laboratórios
Digerem-se mutualmente
Parasitam a garota
Que mulher não soube ser
Nem ser serve pra ser
Foda-se ela
Foda-se tudo
e mesmo assim
Máscara que não é máscara
De nada serve
Nem pra fuder

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

em minúsculo por favor

escrever...
respira..
vamos.
não era contentamento, conquanto que desejamos
não era de se esperar o tanto que esperamos
e só o amor permanece
e a incerteza não desvanece
ainda pensa na musa ruiva que teus lábios roubou?
ainda a ama, como em sua pele sussurrou?
e assim acaba
o nômade
e a arcaica
porque um dia os caminhos se cruzarão
tempo suficiente para se amarem como deve ser
(e essa parte roubei do seu dizer)
veremos um dia, tudo, integrante
num instante
e como num sorrir reluzente
(vi) veremos
e-ter-na-mente

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Fé na morte que o resto é vida

Quando se sabe bem, meio mundo já está resolvido
Quando se sabe bem, meio caminho já está escrito
A questão é que nunca se sabe
Não se sabe respirar conscientemente
Não se sabe ter exataMENTE
E te dão a fé postulada
A atitude rotulada
Te fazem acreditar que sem ele és um nada
De amor maior estou farta
Farta também de você não esvair de uma vez
Matar o luto talvez
E luto do luto se fez
Fé na vida, que o resto é morte
Credo cruz, nem me venha com isso de sorte
Porque o azar de alguém é o saber bem de outrem
O mundo não gira em torno de nós
E consigo mesmo é impossivel ficar a sós

sábado, 12 de outubro de 2013

As diversas formas de ver o mundo (Sugestão de Renato)

Sim, sei definir, mas acredito que não seja comum o que vejo
o lápis do olho, borrado
o lápis no papel, borrão
as lágrimas nos olhos, saudade
as lágrimas do mar, verão
o cabelo rubro como veneno escorria-lhe pelo rosto
o batom jazia
a cor da pele a muito lhe fugira
o vomito de sua alma no vaso dormia
dormia também a fome por letras
e a muito sobre o mundo não escrevia
e não me perguntem o que vejo, porque é escuro

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Não sei definir, mas acredito que seja gente o que vejo
Lá vem ela, o vento canta em seu cabelo
E de longe seu perfume já sinto
E vem, vem comigo
Porque mulher de dádiva a gente não despreza não
Mesmo sem saber ao certo, nem a cor de seu cabelo, eu a despi por inteiro, só com esses olhos derradeiros
E já dela me deliciei
E quem nunca assim fez que atire a primeira pedra
Eu confio nesses olhos, no suor do meu trabalho
Eu sustento o meu sustento
Eu que mando no alago
Da labuta não lamento
Eu que ordeno e desordeno
Eu que dito o tamanho do lago
Mulher minha não tem opinião
Eu que sou o rei e nem gente ela é não
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Não sei definir, mas acredito que seja árvore o que vejo
A que belo barco vejo naquela arvore
De longe sinto que sua madeira... "é boa"
E mesmo distante a forma que o vento a balança me faz senti-la forte
Intensa...
será apenas uma pena
o seu perfume não mais sentir.
Sacrifícios são necessários
E a necessidade é o arbitrário
Quem sabe um dia...

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Não sei definir, mas acredito que seja animal o que vejo
Sim, adoro o que faço
E você que é escravo?
Já cansei dessa intensa fragilidade
É uma troca justa
Vejo ele vindo ao meu encontro
Nem quero saber a idade
Dinheiro bom ele aparenta ter
Minha vaidade é ser eu mesma
E foda-se quem não me acha deusa
Hoje que quero é ser mais eu
deus
zeus
apolo
colo
(em minusculo para sua fé não se ofender)
(quero apenas não querer e nem sei mais como não viver)
Que ele chegue logo até mim
Por que de longe vejo o vento que o beija
E seu perfume é forte.
Vou prover mel, e mostrar-lhe o fel
Porque sou eu quem tem tudo
E com minhas mão conquisto esse imundo
Pouco importa o que de mim acham
Mas se acham, por favor digam que mandei beijos
Porque quando me perdi
Achei o universo que queria

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Não importa o que vejo
Pois se vejo já me faz bem
Sou assim, alegre
Simples, e viver me basta.

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Não sei definir, mas que bom que vejo
A quem diga que o poeta tem visão melhor
É mais sensível
Não acho, nem acredito
Sorte mesmo é quem toca o objeto várias vezes
O poeta se limita a olhar e redigir
Ao leitor se dá a sorte
De olhar o visto que antes fora tocado com outros olhos
Como ambos os amantes, que ao longe agora vejo, sentados ao leito de uma árvore
Vejo e escrevo
Você, vê ambos e ainda vê a mim, que nesse sistema-poema me deleito
Oras, imagina a sorte de quem te ouve dizer sobre algo que leu que alguém escreveu sobre algo que viu alguém ver?
Aos olhos de todos, o universo se segue terrivelmente em louvores
E sim, tem o cheiro das flores
Desses versos que o vento tenta roubar
E de longe vejo o linear
Dessas silhuetas que brincam de dançar
O homem, que a árvore está a desejar
O homem que a mulher deseja dominar
A mulher que o pão vai ganhar
E eu que em vão tento desenhar...
Quem me dera ser o vento
Que a todos pode tocar
E ver de perto o que sente
O que vêem
Quem me dera ser deles o ar
Para roubar-lhe o folego quando preciso
Fazer-lhe respirar propositalmente
Trazer-lhe a paz quando indeciso
Ser-lhe por inteira e não só na mente

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Eu nada vejo

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Presente do Lucas, achei lindo e ele deixou eu postar!

Abri o face e ele me mandou algo tão lindo que eu precisava mostrar pra todo mundo!
Ai está:

Sabe... hoje eu te vi, eu tava passando mal de tarde, dor de cabeça, mal respirava e disposição ja nao havia, mas foi te ver que o meu coraçâo acelerou como se fosse a primeira vez, no meio daquela dor tinha alguém tão linda.... cara como o seu abraço fez o meu coração quase parar e foi tipo um banho de água gelada que tirou tudo de ruim, mesmo que por segundos, minutos, momentos... Aaah seu beijo, meu deus que delicia, como foi bom sentir ele, estava tão doce, estava com saudade, estava tão bom... o cheiro da sua respiração então, nem da pra descrever pelo modo que viciante estava e por mais eu anciava, cada vez mais, que coisa ótima cada selinho seu era um arrepio e uma palpitação diferente como sempre, ardente que parece que nunca vai sair da gente... porque eu tive a ousadia de pensar q perto de tal pessoa a dor não iria passar? nem que seja por meros momentos ela não existe ela apenas é um plano de fundo numa fila de espera que quer me pegar enquanto eu danço com a felicidade... nem a tristeza nem a dor tem a ousadia de se manifestar em meu coração quando na minha mente, na minha frente você fica estática, permanente não precisa dizer nada, nosso silêncio se delicia mais de nossos olhares, beijos e coração do que nossas palavras surdas que só querem ouvir o quanto tu me signifca para meu coração
Esquece essa tristeza e dança, aah eu dancei, dancei com seus olhos, o lucas dançou com a luisa mais uma vez, mesmo que por meros momentos, parou-se o tempo e eu pude lembrar, re-lembrar que seu amor é de que eu me alimento, atento meu coração está, a saudade eu só lamento, mas tudo é graças ao nosso... Sentimento!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Vou falar uma vez só

Você precisa aprender
A quebrar vínculos
A quebrar a cara
A perder a tara
Por querer sempre sofrer
Você fez outra escolha
Ele também teve a chance de escolher

Vou dizer, e sempre digo
O sangue que de ti escorre
Não mais o comovi
Ele não chora mais você
Já nem em sonhos deseja te ver
Esqueça, cresça

Dói não dói?
Saber que não era você o tão desejado padrão
E servidão o seu patrão
E te alimentas dessa dor
E deveras nem era mesmo amor

Não, não podes sofrer
Porque não era pra ser
Falo, berro e não vês
Porque o pior surdo é aquele que cegamente crê

Pouco importa o que de você vão saber
As marcas que carregas
Não se esqueça

Não dói mais em quem vê
Do que em você mesma

Que a muito desistiu de viver

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Lien

Quando pensa em tudo o que passou, seja bom ou ruim, crê na sorte.
Fale
Porque a alma tem direito à fala
Falo
Porque a fala tem direito à alma
Segue
Cegue
Cuidado!
Não se negue
E não sofra mais a dor de não ter
Por inteiro meu
Por inteiro seu
Espere, e creia
Porque se não nessa vida noutra vão se amar
Já que de outras jaziam nessa cumplicidade
Seja como pai, mãe, amantes, fraternidade...
Nesse vinculo
Nessa paixão
Nesse simples respirar
É impossivel matar o que foi criado para eternizar
Porque quando se é muito vivo e certo o que se sente a dúvida sobre o que o outro sente quase não te fará chorar
E quando fores amar, ame particularmente (cada ser único é)
Porque ao menos assim seu penhor será ameno
Nada é garantido
Nada se cristaliza
Quem hoje vai fica com quem fica
E quem fica vai com quem é por beleza, alegria
E quem sempre viveu de saudade nunca o acostumar-se a ela se aplica.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Bicho eu

Sinhá, dexa eu conversar com ocê?
Dor, de dor mesmo a gente tem medo não
Meu corpo é marcado, mais o que dói é a marca além da visão
Eu tenho medo é desse bicho solidão
O medo que nois tem, cê tem não
Nois sabe o que é ter coração apertado
Onti mesmo, se me alembro bem, uma angustia subiu minha garganta. Eu pensei que ia morrer
Minha barriga doia, e nem fome nois tem mais, então bicho fome não era
Doeu os pés, e não tinha animo pra andar nem pra frente nem pra trás.
Olhei o céu e pensei: que merda de azul bonito, tinha que tá é cinza...
Sabe, senta aqui pra mode eu confessar...
Descobri uma puta injustiça! (Perdoa os palavriar)
Ontem eu não quis viver, e o estranho é que muita gente já não vive sem saber...
Moça, volta aqui! Não chora, moça, moça!! Não terminei de falar! Moça...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sua vaca dissimulada!

O que você pensa estar fazendo?
Enlouquecendo?
Saia da frente desse portão agora!
É certo que ,se todos dizem, de certo você está no caminho certo, certo?
Não vale a pena retroceder, ainda não
Oras, a saudade é inevitável (ainda que inexplicável)
À preocupação, fadável
Só não entendo por que insistes tanto em chorar a falta de alguém que falta não deveria fazer.
Já não feliz estais?
Já não basta a paz?
Ele não pensa mais você
Não te vive mais
Não é doente por você
Psicopatologias por você, jamais
Querida, passado é seu nome
Lembrança, sobrenome
Esquecimento, apelido
E de apelido, eu apelo e digo
Acabou, respire minha pequena
Entenda, aceite, compreenda
Acabou

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Olha só quem serviu de inspiração!

O nome?
Hahahaha já já eu falo!
É que um nome é só um nome
Apesar que quando esse nome escuto, já me embalo, já canto, danço, sapateio...
desmaio
E eu fico aqui, esperando ele descer desse dragão azul e amarelo.
Desce gente gorda, gente magra, alto, alta, baixo, baixa, um cabeludo, ESPERA! a não não é ele, gente estranha, gente normal, tem loiro, careca, barbudo, gente que não parece gente, pirata, gente grande, criança, ruiva, negro, moreno, mulato, ogro, Frodo, duende, fada, professor, advogado, trabalhador, vagal, desempregado...
E nada dele vir... e me dá uma agonia, por que eu nunca me aguento de saudade!
E eu tenho que ir, mas quero ficar, e você também, e olha só que feio, os dois doentes, vida bipolar
(agora deixa eu pular daqui pra outra parte)
Toda vez que subo no unicórnio alado fico olhando pela fresta entre o cifre e as orelhas só pra ver você ir.
E é sempre assim, eu decorei a sequência:
Você coloca o fone
Balança a cabeça pro lado esquerdo
Vira
Olha pra mim
Fica feliz porque eu to te olhando
Sorri
Manda beijo
(ai eu te perco de vista... e o coração já é saudade)
E de saudade a morte já é
Já é pra morte a tua falta
A tua falta agonia é
Já é também agonia não poder escrever com você grudado no meu pé
Você viciado no cheiro da minha respiração
e eu nas curvinhas que seu olho faz quando acaba de meu cheirar
Desconhecia a existência dessa Maria, dessa Lu-ísa...
...que tudo o que ama vira ar
e respira
e respinga
e suspira
"Lu-cas"

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Verdade seja dita

Querido Droouni,
Hoje pela manhã ao caminhar pela aldeia observei um pequena india que atendia pelo nome de Airam. Ela chorava muito, e cantava uma canção triste, opaca.
Ousei sentar ao seu lado, e vi em suas mãos uma tinta roxa escura, mais adiante havia uma flor morta, totalmente violentada jogada no chão.
Airam pintava os cabelos negros,(eles ficaram cor de ferrugem). Eu até tive vontade de saber o porque daquele ritual, mas fiz mais do que isso,  eu me levantei e fui na beira da lagoa, lá haviam mais flores como aquela só que brancas. Arranquei uma e uma melodia começou a sair da flor, uma dor me tomou o dominio, e eu vi o quão cruel fui com a pequena flor. Comecei a chorar e a pedir perdão, Airam vendo, veio com toda sua experiência, pousou as mãos no meu ombro dizendo: agora que a machucou você deve cantar perdão, e tentar tirar dessa dor algo belo.
Comecei a cantar algo que eu mesmo fiz, e minhas lágrimas, ao tocarem as pétalas, deixaram a flor azul onírico, a pequena india me relatou que a planta só mudaria a cor se tivesse me perdoado...
(Eu pintei a borda da carta com ela, pra você ver como é lindo)
Foi entao que pintei meus emaranhados cabelos desbotados.
Agora estou aqui, olhando para o lago, e vendo que o perdão é bonito.

sábado, 20 de julho de 2013

Sr. Dia

O barulho do avião nem notado é
E quem muito voa logo perde a fé
Perde a sensação de quase morte
Perde o acaso
Perde o desejo pela sorte
já não se sabe ao certo o que é certo se saber
Transforma tão naturalmente água em vinho
Que seu pão não quer comer
Faz do templo um depósito de lixo
É angustia
É medo
É ira
É... eu entendo
(passo)
O barulho do avião nem notado é
Quando o menino se isola em seu fone, pobre Zé
Não voa, não sabe como viver é
É tão rotina caminhar
Quem nem repara na destresa do andar
Quem sabe quando se morre se percebe que estava vivo
Se assim é, passa-se a vida morto pra morrer e vivo saber como é.
Ok, confuso ficou...
(Passo)
O barulho do avião nem notado é
A cegueira que te ensurdece é a dor que te aleja
Porque besta é assim, tudo festeja
Perde-se o corpo
Perde-se a alma
Perde-se a voz
Perde-se a alva
Perde-se o não perder
Perde-se o desejo de voar
Porque da maquina/avião corpo a arte é o motor
(Passo)
O barulho do avião nem notado é

terça-feira, 16 de julho de 2013

E(s)(n)trada

Vamos respirar
Essa paz que eu mesma fiz
Acordei e pensei: em paz vou viver...
Vamos esperar!
Amanhã me desespero
Amanhã me berro
Amanhã, amanhã
Porque hoje me quero
Porque hoje me venero
Hey, não se esqueça querido:
Eu sou a deusa que dita as regras aqui
Cronos, aproveite para descançar
Porque hoje, hoje resolvi acordar
Eu que vou mandar!
Eu digo a hora que o mundo deve girar.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A luz permanece

A vida é cheia de adeus
O problema é que quem vai sempre permanence em quem fica
E não tem volta
Quando quem mandou o outro ir foi quem desejou ficar
E nada sobra se não o amargo da lembrança
Que o passado é o mais novo lar

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Erase Rewind

(Leia ouvindo Erase Rewind - The Cardigans)
Inultimente tentarei definir isso aqui dentro
Esse gelo
Essa angustia atordoante
Essa vontade de estar distante
Ontem, quando a porta do ônibus abriu, pra um moço elegante descer, levei susto ao ver o meu reflexo...
Parecia um boneco de porcelana esquecido no penúltimo banco do ônibus
Foram por segundos, mas tive a chance de observar tudo
O cabelo exageradamente chamativo vermelho e azul, o fone discreto, os piercings que não serviram nem para lhe causar um pingo de dor, os lábios com um resto de batom vermelho gasto pelo dia corrido e exaustivo que teve e as olheiras de quem não dorme a séculos.
A franja caindo no olho, porque é tão lisa que a prisilha não conseguiu segurar
A camiseta preta surrada dos simpsons, um sueter bege e por cima um casaco verde musgo
A pele era branca, "preciso de um pouco de sol"
Até então eu não me assustei tanto... mas ai olhei os olhos, opacos, perdidos...
Quem era aquele ser jogado ali?
Qual era o seu sentido de vida?
Por que ela deveria continuar a existir?
Desistiu de si naquele momento... aquele ser ali eu não conhecia...
E desde então entendi porque sou tão confusa e perdida...
Aumentei a música ao ponto da pessoa no outro canto me olhar, mas no meu fone ela ainda não era alta o suficiente pra me acalmar.
A tentativa de fechar o olhos pra barrar a lágrima foi inultil...
Olhei pela janela, e não me vi mais...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Se importa se eu escrever sobre isso?

Deixa eu contar o porquê de não estar aqui nesse momento...
O porquê do meu corpo se mover e minha mente permanecer parada
Deixa eu explicar o que estava pensando
O porquê de não estar cantando...
...........................................
O seu nome gravei no corpo
O seu cheiro gravei na alma
...........................................
Quando virei as costas andei um bom pedaço com os olhos fechados
Nem música coloquei para ouvir
Não olhei para traz com medo de descobrir que você não estava mais lá
Confesso, esperei um "não vá", "fique", ou ainda "eu te amo sua
besta e eu sei que você também me ama", mas eu sabia que isso
não viria, porque quando olhei nos seus olhos, e o brilho não
estava lá, doeu...
O que você viu nos meus?
O que viu que nem eu sei que está aqui?
E aquele foi, sem dúvida, o beijo mais triste que alguém já
deu no mundo...
Ela... a covarde em questão...
Ela não entende
Não entende porque a paz não vem
Se fez a melhor escolha para todos
Porque a danada não aparece?
E foi avisado...
que se sentisse medo fugiria
e se a deixara fugir, é porque amor não sentia
Não sentia também o grito de socorro
O "me puxa pra cima do morro"
"Não me deixa do penhasco saltar"
"É você o meu lar"
Ser só
Estar só
Essa era sua condição permanente
Porque a melancolia, essa agonia
Nunca a abandonaria
E não é justo, jogar esse julgo, em alguém que tanto ama
Não é justo ser injusto
Não é certo ser errado com quem só faz bem
Não é certo fazer você carregar o mal que aqui tem
O sangue agora escorre, e nem adianta a dor de fora
Porque aqui dentro é tudo morte
é tudo choro
é tudo sangue agora
porque o que eu amava, deixei ir embora
e não esqueço os seus olhos...
porque quando olhei nos seus olhos, e o brilho não estava lá,
doeu...
O que você viu nos meus?
O que viu que nem eu sei que está aqui?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Veneno

A menina das fitas, não usava mais fitas....
... e mesmo assim na sombra delas se perdia
Apesar do cabelo fogo, no peito o gelo ainda a dominava
E as dúvidas eram permanentes
Não sabia ao certo se deveria Correr
Viver
Fugir
Ficar
Morrer
(essa última era a mais viável)
Se enrolara tanto em suas fitas que agora só restava agonizar e ir embora...
Mas que não se iluda a pob(d)re menina-moça, pois fénix não é.
Não é também nascida pra ser feliz
Pra ter paz
Pra se decidir
Pra ter certeza do que faz
E como se desespera, e chora, e berra, e na face nada modifica
E nínguem sabe como se explica
Não sabem também o que é
Não berram
Não ajudam
O que ela deve ser?
Menina?
Moça?
Mulher?
Vende tu a tua alma, pra que dela detenham controle de escolha, porque o pior pesadelo de um homem é lutar contra si por si mesmo.

sábado, 8 de junho de 2013

Onde por o ponto?

A verdade é que ainda gosto de você
A diferença é que não te vivo mais
Não me conformo com o: se não foi é porque não era pra ser
Mas não culpo esse eu, o acaso nem você
Ainda choro a falta sua
A tristreza de não nos ter
Levo comigo as coisas boas que vivemos, e também os planos que nunca virão a ser...
Não se engane se disser que estou bem
Só estou tentando sobreviver
Quero agora me achar de novo
Saber que sou alguém que novamente feliz merece ser
Deixo aqui o meu agradecimento, pelas gargalhadas, musicas desafinadas, brigas não planejadas e o sofrer
Porque as lágrimas que caem lavam os olhos turvos
Deixam marcas de aprendizado
Ao contrário do que diz, covarde não me julgo
Eu até me sinto leve por não te carregar mais pro meu escuro
As dores que tenho
Me dão esperança de que existe, em algum lugar, um esconderijo seguro...
Que tenhamos uma boa viagem (e aqui coloco um ponto).

terça-feira, 21 de maio de 2013



Normalmente as pessoas buscam pessoas, já Alicia buscava a si mesma. E que bela narrativa essa que agora fiz, deveria ter deixado ela para o final...
A história de Alicia (o nome repito para que você não se esqueça) deve ser bem narrada, bem narrada por voz de homem, porque ela, Alicia, história, e também a voz, é curta, densa, rápida.
Al, assim o tolos a chamavam, gostava de se sentar aqui, ao longe de todo, mas não tão longe que os murmurinhos não pudesse ouvir. Achava engraçado ouvir as pessoas conversarem entre si sem que ela pudesse compreender o que diziam.
Todos diziam: menina estranha essa, ou ainda nada diziam, é que Alicia, eles, quase nunca percebiam.
Não, não, ela notava sim, mas muito se divertia, e como se divertia. Porque achava estranho o fato das pessoas não entenderem o que para ela era natural.
Sim, estava só, mas nunca se sentia assim, e como sentiria? Se no caderno descobria um mundo só seu (sim ela pode dividir com você, ela gosta disso)
Sorriu, porque descobriu seu nome de um jeito engraçado...
E pensou: como nunca notei? Isso tudo explica!
E o seu nome já repetia, enquanto ela sorria, ela nunca se sentiria só, porque sempre no olhar do outro, sempre há ali Cia.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vem aqui, vamos conversar

Eu não sabia o que era
Tinha medo de perder o medo
Talvez sem a angústia a inspiração fugiria
Sumiria também a beleza da dor
Eu não sabia o que era essa nova  realidade
E talvez por isso da morte não queria sair
Desconhecia o sorrir atoa sem medo de sorrir errado
Eu não imaginava que errado mesmo é não errar
A... como o tempo é travesso
 E serelepe esse avesso...
(...que me encanta, e o meu olho brilhando canta...)
Eu não sabia o que era (essa tal felicidade)
Agora que sei virou ela
O meu vício, vaidade

domingo, 7 de abril de 2013

As pessoas costumam correr
Atrás dessa tal felicidade
Desse tal "bem viver"
E tem gente que já acorda
Com o coração aflito
O olhos contritos
Sem saber o porquê
E se tem um aperto que sufoca
Mais não mata
E antes tirasse a vida
Porque assim não dá pra viver
Estar-se perto de tudo
E tão longe a alma está
O corpo, o corpo não aguenta mais voar
Todo o resto se perde
Depois do que aquilo que não era resto partiu
E quem parte também fica
Com aquele que no aceno sorriu
Antes fosse tudo rima
Tudo versos e nada mais
Antes fosse o tempo uma prima
O parente que se vê jamais
Ou ainda quem sabe
Tudo fosse pressa
Quem sabe nada fosse tudo
E o tudo o nada que a gente faz
Porque felicidade mesmo é esse bicho
Esse inseto chamado paz

quarta-feira, 20 de março de 2013

Vai beber o que?

Ás vezes
Só ás vezes queria falar russo
Ser Gisele
No jornal, assassina por susto
Rica, destemida
Ser bem fedida
Orgulho em ser metida
Quem sabe uma pobre, que na TV aparece, por ter melhorado de vida, ou ser feliz mesmo não tendo nada

Porque é no jornal que a verdade se narra
(que desdém)
E nem se precisa de corpo, já que a internet: o abraço compartilha, o olhar se desperta, a dor é gloriosa, esperta
?!Quem sabe tudo vira apêndice?! Cabeça+cabos= polvo nanotecnológico

Queria ser avião

Ser pão

Sei lá eu o que mais queria...

Rádio queria não

Queria: de falar educada, antes da sua piada: "então não quer mais"
É cansaço do novo que de novo novo não é
E não importa os valores,
Os bêbados de amores
Talvez eu só queira ser, esse não ser
Eu me quero-me a mim mesma
- Me sirva um copo de mim, por favor

quinta-feira, 14 de março de 2013


Com o tempo se aprende:
O suicída nem é covarde, tão pouco no total culpado, o assassino.
··································pensa_________________________________________________fala...
E não sei se meu corpo aguenta chorar e tremer
E sinto que de dor vou morrer
Cronos que tudo ignorou, podes ainda entender os porquês?
Quem me dera ser um deus, só pra de cima tudo ver
É que amo, e como amo, só desconheço se há força em mim...
...pra não viver só pra respirar
Ah...
Quero também ser vida
Ser ar.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Prefiro perder ao pisar em alguem para conquistar algo
Você pode me chamar de fraca, mas pra mim tem outro nome, dignidade

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza
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