terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Já perdi muitas pessoas nessa vida
As primeiras perdas me mataram, e a cada uma que se ia a dor relativamente diminuía
Não porque as amei menos, mas aos poucos aprendemos a dosar a dependência social
Muitas pessoas me julgam falsa, talvez por ser sempre educada e polida.
Apenas quero tentar manter elas bem enquanto estiverem aqui, porque elas sempre precisam um dia parir
Nascer novamente em outro jardim...
Sempre me consolei com a ideia de que os bons e verdadeiros permanecem
Começo a me acostumar com o fato de que a única a permanecer serei eu
E solidão não se torna tão dolorida assim
Quando crio em mim
Um refugio
Meu próprio jardim

terça-feira, 14 de junho de 2016


Minha caneta viciou em você
Minha melodia só dança você
E nada aceita que eu mude o tom
Agora que descobri o que é bom
E mesmo nada mais me mantendo aqui
Nao sei o porque minha alma insiste em investir
Em algo que nem mais quer
Receber o afeto que de meu desejo és
E já inventei um mundo onde nós poderíamos existir...
Mas sei que esse dia nem irá vir...
E então tudo bagunça aqui
E me perco nas folhas em que te descrevi...
E nem final posso ter
Nem esses versos posso concluir
Porque nao pode ter fim o que começo nunca teve a coexistir.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sentiu-se nua
Quando os mais belos olhos que já conhecera
Decidiram pousar em suas humildes escritas
Sorriu
Pois sentiu na alma
Uma brisa suave
Uma expectativa de euforia e medo
Medo de que sua nudez assustasse
Os belos olhos que tanto a encantava

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Airam e a historia do seu povo que mais amava

Jaci deusa do luar
Alguns a chamam apenas de lua
Vinha sempre com sua dança beijar
A face de suas virgens indias nuas
Para que elas estrelas sua viessem a se tornar
Mas veja porque tão bela era
Naiá foi-se apaixonar
Queria ser de Jaci, amor, companheira, par.
Queria ser a estrela mais bela da qual a deusa pudesse se orgulhar.
Não ouvira os conselhos
Dos sábios que lhe insistiam em dizer
"abandona esses pensamentos, ao acaso não temes morrer?"
Mas a bela de cabelos negros, como o manto que sustentava o céu, mal conseguia viver em paz.
Queria tocar Jaci
Queria sempre mais
E então um dia após muito chorar
Deleitou-se na beira do lago
À deusa pôs-se a esperar
Viu nas águas o reflexo de sua deusa
E foi-se dançar para uma dança sem fim.
Mas quem beijou-lhe foi a morte e não sua deusa Jaci
A lua comovida de paixão e amor decidiu a vitória régia criar.
Naiá era estrela da água
Naiá agora sempre tinha
O abraço quente do luar

sexta-feira, 20 de maio de 2016


Uns selos, outros bonecas, há ainda os que tampinha de garrafa.
Ela sobretudo colecionava gente.

segunda-feira, 16 de maio de 2016


Airam se expôs muito ao Sol
Sua pele ardia
A alma seca doia
O raio de luz a sugara mais do que seria imaginável
Airam não queria mais dançar com a luz
Talvez isso fosse o que o forasteiro lhe dissera uma vez
Airam descobrira o que é carregar uma cruz

terça-feira, 3 de maio de 2016

O perfume de seu abraço faz-me sentir paz mesmo em meio ao caos
O toque de seus lábios me aquece mesmo em meio à tempestade
E se isso não for amor
Nada mais o é

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza

E se a singelez da margarida for melhor que a sedução da rosa? (Frase Rodrigo; Desenho Maria Luiza
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