Aquele ambiente lhe era tão familiar, e agora ela tinha alguém para dividir isso.
Os pés descalços dançavam na terra úmida e fria. Sentia com os dedos os pequenos pedregulhos pontiagudos.
- Dê sua mão para mim moça
Ela sorriu, adorava segurar aquelas mãos, mas adorava mais ainda quando ele pedia isso a ela.
Não havia lua no céu
Se havia ela não sabe, a verdade é que não notara nada além dele.
O cabelo ao vento
O meio sorriso
Os olhos aveludados
A barba fogo
- Quero te apresentar uma amiga
Ela então o puxou para dentro da floresta
Tocou as árvores como que quem procura por algo, como se o caminho estivesse mais guardado em sua memória através dos toques e aromas do que pela visão.
Colocou a mão no bolso e tirou pedaços pequenos de carne seca. E quando se abaixou olhando para o breu, já puderam ouvir algo vindo correndo em sua direção.
Ele a observava.
- Essa é raposa, minha amiga
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